A evolução que as redes sociais provocaram no e-commerce demonstra que o uso convencional da rede, que apresentava práticas ainda primárias como as de se fazer cotação de preços em vários sites ou checar opiniões de consumidores de determinados produtos e serviços, pode ser organizada e orientada para a melhoria desse consumo, com a satisfação de produtor e consumidor.
Para além do costume de usar as redes sociais para a denúncia e demonstração de insatisfação, pelo lado do consumidor, ou para a promoção unidirecional de marcas e produtos como ferramenta publicitária, o comércio eletrônico tem encontrado nas redes sociais outros meios de reunir as oportunidades de compra com os interesses dos compradores, criando ambientes onde a indicação de bons produtos, de atendimento, de pós-venda e de outras variáveis na relação de consumo, sejam edificados em comum, em comunidade, uma busca de uma relação ganha-ganha.
Primeiro surgiram os sites de compras coletivas, como o brasileiro Peixe Urbano e o internacional Groupon, que se apoiam no aumento da demanda para baixar o preço da oferta, trazendo um modelo de negócios pouco inovador, mas altamente potencializado pelas redes sociais, oferecendo uma alternativa ao tradicional e-commerce, ao que está sendo chamado de Social Commerce ou s-commerce.
Com vários formatos, desde redes sociais exclusivas como a do Submarino Digital Club, até a plataforma que está no radar dos maiores players do e-commerce, a do Facebook, com o recente modelo do Magazine Luiza, o s-commerce é atualmente a principal aposta de inovação em comércio eletrônico.
Por analogia, podemos pensar numa evolução do e-government também na mesma direção.
Aqueles que estudam o governo eletrônico, habituados a ver a figura que segue, percebem que as duas últimas etapas da Trajetória do e-Gov, idealizada em 1995, apontando sobre a evolução da presença do governo na internet, contempla dois segmentos praticamente inalcançáveis para aquela época e que correspondem ao mais alto valor e complexidade: a Integração e a Participação.
Ambas etapas encontram hoje a possibilidade técnica e social de serem atingidas, naquilo que podemos pensar em chamar de Social Government ou s-gov, considerando que todo governo é social, como premissa, mas no modo eletrônico é uma meta que envolve a integração - com a sociedade e entre as esferas e interdepartamentos - e a participação de todos no desenvolvimento de novos e melhores serviços públicos.
Como exemplo, as iniciativas de abrir o governo para a coleta de petições públicas, tem no Brasil uma ferramenta muito simples e disponível no site Petição Pública, entretanto não há canal de governo ouvindo e acolhendo as demandas. A proposta norte-americana de aproveitamento de petições populares vai encontrar no Facebook, em breve, um forte aliado com o We The People, construído e ouvido pelo governo, mas com conteúdo da população. Também utilizando o Facebook está o EuroPetition. Há algo parecido na Inglaterra, o e-Petitions, mas ainda corre em plataforma fora das redes, apesar de estimulado pelo governo britânico.
Mas ainda é a abordagem de petições e coleta de idéias, apesar de algumas iniciativas serem excepcionais e de fato um modelo, com o Change by Us. Um brainstorm aberto e focado por cidades que, diferente da estratégia do anteriormente comentado aqui, coloca logo na home do site quem está lá, do Governo e de ONGs, para ler e ouvir a sua idéia, veja o que está sendo feito em Nova Iorque.
Se imaginarmos um governo onipresente, no bom sentido, podemos afastar um pouco o foco de megaportais governamentais fortalecidos e centralizadores, cujo modelo é herdado da presença física governamental em edifícios públicos, e projetarmos vários aplicativos e serviços que, como componentes de serviços eletrônicos, podem ser arrastados e instalados em qualquer site ou rede social, serem baixados e rodarem em qualquer plataforma, seja desktop, mobile ou tv, desde que tenham alguma utilidade desejada e pensada para o uso.
Outro caso de NYC é o BigAppsIdeas, criado para que a população colaborasse com ideias de aplicativos para mobile e, a própria sociedade desse conta de votar, priorizar e criar esses aplicativos. Veja quais foram as ideias do último ano e o como a cidade respondeu produzindo estas aplicações para mobile, mas também observe como essa prefeitura posiciona suas agências e departamentos nas redes sociais.
É lógico que para tudo isso, além de redes sociais, banda larga, dados, api's e governos abertos, são necessários o entendimento da gestão pública e a decisão política de estimular essa estratégia em e-gov. Acredito que estamos nesse momento de mudança no e-government, de deixarmos de projetar de dentro de nossos escritórios os serviços para o cidadão, imaginando atender seus desejos e necessidades. Precisamos pensar e agir em conjunto com o cidadão, sabemos disso há muito, mas só agora parece termos ferramentas mais possíveis a essa realidade.
Para além do costume de usar as redes sociais para a denúncia e demonstração de insatisfação, pelo lado do consumidor, ou para a promoção unidirecional de marcas e produtos como ferramenta publicitária, o comércio eletrônico tem encontrado nas redes sociais outros meios de reunir as oportunidades de compra com os interesses dos compradores, criando ambientes onde a indicação de bons produtos, de atendimento, de pós-venda e de outras variáveis na relação de consumo, sejam edificados em comum, em comunidade, uma busca de uma relação ganha-ganha.
Primeiro surgiram os sites de compras coletivas, como o brasileiro Peixe Urbano e o internacional Groupon, que se apoiam no aumento da demanda para baixar o preço da oferta, trazendo um modelo de negócios pouco inovador, mas altamente potencializado pelas redes sociais, oferecendo uma alternativa ao tradicional e-commerce, ao que está sendo chamado de Social Commerce ou s-commerce.
Com vários formatos, desde redes sociais exclusivas como a do Submarino Digital Club, até a plataforma que está no radar dos maiores players do e-commerce, a do Facebook, com o recente modelo do Magazine Luiza, o s-commerce é atualmente a principal aposta de inovação em comércio eletrônico.
Por analogia, podemos pensar numa evolução do e-government também na mesma direção.
Aqueles que estudam o governo eletrônico, habituados a ver a figura que segue, percebem que as duas últimas etapas da Trajetória do e-Gov, idealizada em 1995, apontando sobre a evolução da presença do governo na internet, contempla dois segmentos praticamente inalcançáveis para aquela época e que correspondem ao mais alto valor e complexidade: a Integração e a Participação.
Ambas etapas encontram hoje a possibilidade técnica e social de serem atingidas, naquilo que podemos pensar em chamar de Social Government ou s-gov, considerando que todo governo é social, como premissa, mas no modo eletrônico é uma meta que envolve a integração - com a sociedade e entre as esferas e interdepartamentos - e a participação de todos no desenvolvimento de novos e melhores serviços públicos.
Como exemplo, as iniciativas de abrir o governo para a coleta de petições públicas, tem no Brasil uma ferramenta muito simples e disponível no site Petição Pública, entretanto não há canal de governo ouvindo e acolhendo as demandas. A proposta norte-americana de aproveitamento de petições populares vai encontrar no Facebook, em breve, um forte aliado com o We The People, construído e ouvido pelo governo, mas com conteúdo da população. Também utilizando o Facebook está o EuroPetition. Há algo parecido na Inglaterra, o e-Petitions, mas ainda corre em plataforma fora das redes, apesar de estimulado pelo governo britânico.
Mas ainda é a abordagem de petições e coleta de idéias, apesar de algumas iniciativas serem excepcionais e de fato um modelo, com o Change by Us. Um brainstorm aberto e focado por cidades que, diferente da estratégia do anteriormente comentado aqui, coloca logo na home do site quem está lá, do Governo e de ONGs, para ler e ouvir a sua idéia, veja o que está sendo feito em Nova Iorque.
Se imaginarmos um governo onipresente, no bom sentido, podemos afastar um pouco o foco de megaportais governamentais fortalecidos e centralizadores, cujo modelo é herdado da presença física governamental em edifícios públicos, e projetarmos vários aplicativos e serviços que, como componentes de serviços eletrônicos, podem ser arrastados e instalados em qualquer site ou rede social, serem baixados e rodarem em qualquer plataforma, seja desktop, mobile ou tv, desde que tenham alguma utilidade desejada e pensada para o uso.
Outro caso de NYC é o BigAppsIdeas, criado para que a população colaborasse com ideias de aplicativos para mobile e, a própria sociedade desse conta de votar, priorizar e criar esses aplicativos. Veja quais foram as ideias do último ano e o como a cidade respondeu produzindo estas aplicações para mobile, mas também observe como essa prefeitura posiciona suas agências e departamentos nas redes sociais.
É lógico que para tudo isso, além de redes sociais, banda larga, dados, api's e governos abertos, são necessários o entendimento da gestão pública e a decisão política de estimular essa estratégia em e-gov. Acredito que estamos nesse momento de mudança no e-government, de deixarmos de projetar de dentro de nossos escritórios os serviços para o cidadão, imaginando atender seus desejos e necessidades. Precisamos pensar e agir em conjunto com o cidadão, sabemos disso há muito, mas só agora parece termos ferramentas mais possíveis a essa realidade.
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