Pular para o conteúdo principal

Parlamento 2.0

Primeiro foi o Parlamento do País Basco que promoveu a política à versão 2.0, agora o Parlamento de Catalunha adere as redes sociais e ferramentas web 2.0, com uma estratégia comunicacional interrelacionada, interativa e focada no cidadão, sob o Portal Parlamento 2.0.

A iniciativa catalã, além da presença no Twitter, Youtube e Facebook, mantém um podcast, um agregador de blogs e twitter dos deputados, para promover a transparência legislativa.

Mas não para por aí, o parlamento catalão também criou o serviço Meu Parlamento, para que os cidadãos possam, sob registro,  acompanhar os assuntos legislativos de seu interesse, de forma personalisada. Outra novidade - e esta deve servir de exemplo para os serviços públicos de qualquer governo - está na disponibilização de widgets, que são pequenas aplicações que podem ser integradas a outros sites, públicos ou privados, a fim de oferecer mais informação ao povo catalão.

Também não faltou espaço online para fazer perguntas ao presidente, com o serviço O Presidente Responde, as questões e respostas são publicadas para toda a comunidade catalã. Em sua segunda legislatura como presidente, Ernest Benach i Pascual, de 49 anos, resume em seu blog que "o Parlamento 2.0 equivale a um parlamento transparente, aberto e acessível a cidadania a qual representa e para qual trabalha. Equivale a interatividade entre política e sociedade, a ouvir e discutir livremente, a interagir e abrir novos canais de relacionamento direto com o cidadão.".

O que falta para nossas Câmaras Municipais, Assembléias Legislativas e o Congresso funcionarem dessa forma ?

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Cinco Princípios para Novos Serviços Públicos. Terceiro: o Governo como Plataforma

A ideia de Tim O'Reilly ao criar o termo e a abordagem de Governo como Plataforma, foi dar uma perspectiva de valor de patrimônio e de uso aos dados governamentais. Inicia explicando que as plataformas seguem uma lógica de alto investimento, onde praticamente só o Estado é capaz de investir, mas permitem à população, ao utilizarem essa plataforma, gerar riquezas. Temos um claro exemplo ao pensar em uma rodovia como esse investimento. O governo a constrói, mas a entrega aos usuários para trafegarem seus produtos, serviços, passageiros, estimular turismo e economias integradoras etc.. Em outras palavras, uma plataforma rodoviária do governo, mesmo em concessão, será usada pela sociedade, mesmo a custo de pedágios. O mesmo serve para plataformas digitais. O governo americano durante a gestão Reagan, em 1983, tornou disponível ao mundo o Sistema de Posicionamento Global - GPS. A partir do uso mundial dessa plataforma podemos calcular quantos outros produtos e serviços foram gerado

Cases de Design Thinking em Serviços Públicos fora do Brasil

É comum que me perguntem sobre cases de uso do Design Thinking pelos governos brasileiros, sejam municipais, estaduais ou federais. Há um certo "ver para crer" na pergunta, mas há também a necessidade de mostrar aos outros, incluindo chefes e tomadores de decisão, que existe um caminho mais promissor e realizável para tratar os desafios de hoje. Minha experiência aponta mais para aquilo que fazemos no Governo do Estado de São Paulo, desde 2010, quando adotamos o DT como abordagem metodológica para entender a complexidade e resolver problemas com foco no cidadão. Nesse período vimos crescer a utilização em grandes empreendimentos como Poupatempo, Metrô, Secretarias da Fazenda, de Desenvolvimento Social e da Educação. Alguns outros exemplos e cases nacionais no setor público podem ser encontrados na Tellus , que tem atuado bastante em prefeituras e especialmente nas áreas de saúde e educação. Mas neste post quero apenas apontar para alguns links daqueles que trabalham e

Laboratório é problema, mas a governança ajuda a resolver

É preciso considerar que um laboratório de inovação pode atrair pessoas que desprezam as regras, não tanto por rebeldia, mas como um estilo de vida, um espírito independente que busca ocupar um espaço. O lab será visto como um oásis – ou miragem – no deserto de novas ideias das corporações. Em parte isso é justificado pela aura de criatividade que envolve o novo ambiente ao transmitir uma mensagem de liberdade, com suas técnicas de ideação que estimulam a distância dos valores burocráticos e, claramente, a palavra disruptura que carrega um certo rompimento com padrões. Isso cria alguns problemas iniciais para a organização que começa o funcionamento do laboratório, tais como: se outras organizações participarão do laboratório, alguns ajustes serão necessários; a segurança física/predial pode ser fragilizada com a presença de “gente de fora”; a segurança digital terá que se adequar ao ambiente de acesso irrestrito e wifi; os horários de funcionamento podem sofrer mudan