Pular para o conteúdo principal

A Política 2.0

No próximo sábado, dia 13/09,  o Parlamento do País Basco será invadido pela blogosfera daquela região do extremo norte da Espanha, para realizar o primeiro encontro de blogueiros, políticos e políticos-blogueiros, a fim de explorar as possibilidades de incorporação das ferramentas web 2.0 no âmbito da política. 

Apesar de não possuir nenhuma entidade organizadora do evento, todos estarão lá a convite da presidenta da casa, Izaskun Bilbao, foto, a primeira mulher a presidir o Parlamento Basco desde sua criação.

O encontro, chamado Politika 2.0, naturalmente já possui blog, wikitwitter e facebook, por onde vai dar para acompanhar a discussão e a criação de conteúdos, que já começou. Leia, por exemplo, o modesto decálogo (na verdade tem 13 mandamentos) do Poli-blogger, que é como estão chamando o político-blogueiro. 

Foi um achado chegar ao décimo-segundo mandamento, que diz "Busca sempre a Sinergia Macramental estável, duradoura e em contínua expansão.". Por ignorância e dever de ofício, fui atrás da definição de Sinergia Macramental e descobri que o termo, nascido na eFindex do ano passado, parece acertar ao descrever a potencialidade dos blogs na dinâmica de comunicação nos tempos atuais. Um neologismo que cabe. 

Como anteriormente previ o fim da política 1.0, quem quiser saber mais sobre Politika2.0 e se preparar, comece pelas definições e siga em frente. Quem preferir, e vale a pena, pode também conhecer o Plano Basco da Sociedade de Informação - Agenda Digital 2010.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Cinco Princípios para Novos Serviços Públicos. Terceiro: o Governo como Plataforma

A ideia de Tim O'Reilly ao criar o termo e a abordagem de Governo como Plataforma, foi dar uma perspectiva de valor de patrimônio e de uso aos dados governamentais. Inicia explicando que as plataformas seguem uma lógica de alto investimento, onde praticamente só o Estado é capaz de investir, mas permitem à população, ao utilizarem essa plataforma, gerar riquezas. Temos um claro exemplo ao pensar em uma rodovia como esse investimento. O governo a constrói, mas a entrega aos usuários para trafegarem seus produtos, serviços, passageiros, estimular turismo e economias integradoras etc.. Em outras palavras, uma plataforma rodoviária do governo, mesmo em concessão, será usada pela sociedade, mesmo a custo de pedágios. O mesmo serve para plataformas digitais. O governo americano durante a gestão Reagan, em 1983, tornou disponível ao mundo o Sistema de Posicionamento Global - GPS. A partir do uso mundial dessa plataforma podemos calcular quantos outros produtos e serviços foram gerado

Laboratório é problema, mas a governança ajuda a resolver

É preciso considerar que um laboratório de inovação pode atrair pessoas que desprezam as regras, não tanto por rebeldia, mas como um estilo de vida, um espírito independente que busca ocupar um espaço. O lab será visto como um oásis – ou miragem – no deserto de novas ideias das corporações. Em parte isso é justificado pela aura de criatividade que envolve o novo ambiente ao transmitir uma mensagem de liberdade, com suas técnicas de ideação que estimulam a distância dos valores burocráticos e, claramente, a palavra disruptura que carrega um certo rompimento com padrões. Isso cria alguns problemas iniciais para a organização que começa o funcionamento do laboratório, tais como: se outras organizações participarão do laboratório, alguns ajustes serão necessários; a segurança física/predial pode ser fragilizada com a presença de “gente de fora”; a segurança digital terá que se adequar ao ambiente de acesso irrestrito e wifi; os horários de funcionamento podem sofrer mudan

Objetivos e valores do Laboratório de Inovação

Um laboratório de inovação em governo pode atuar desde a criação de novas políticas públicas até a prototipagem de serviços prestados ao cidadão. A diferença não se trata apenas de níveis da gestão (estratégica e operacional), mas também define o porquê deve existir o lab, sua estrutura, seus objetivos e quais valores irá agregar ao governo. Objetivar amplitude e formas de atuação nos ajuda a relacionar quesitos, estabelecer limites e buscar as parcerias certas. Antes de apresentar uma nova relação sobre os aspectos de construção do laboratório, como os aspectos projetuais colocados em post anterior , apresento uma lista que pode ajudar a definir com um pouco mais de formalidade e precisão, após respondido o checklist projetual , para que está sendo criado o laboratório e no que pode contribuir para um governo inovador. A ideia é de que usemos essa relação para selecionar aqueles itens que se aproximam com os objetivos do lab que pretendemos construir ou significar, mantendo em