Pular para o conteúdo principal

Socorro: Liguei a TV, o Tablet Travou e a Geladeira Começou a Apitar


Fonte da Ilustração: http://www.extrapolando.com

Nos tempos da  convergência digital, torna-se cada vez mais difícil estabelecer limites entre computadores, telefones, televisores, tablets, rádios, máquinas fotográficas e mais um monte de gadgets.  Tem até geladeira nessa parada. Hoje, eu assisto TV e telefono pelo computador, ouço músicas e fotografo pelo telefone, vejo minhas apresentações na tela da TV. Além da tecnologia embarcada, equipamentos que fazem de tudo, como os que eu citei acima, trazem embutido dentro deles o enorme desafio de fazer com que todas essas funções sejam entendidas por pessoas "comuns”.

Embora haja uma crescente sensibilização entre os fornecedores sobre a importância da interoperabilidade, esta batalha está ainda muito longe de ser vencida. Cada vez que eu vejo relógios de home-theater piscando, filmes sem som, sons sem filme, micros travando, penso que a jornada, de fato, está apenas começando. Há alguns anos, só para ilustrar, ao visitar um querido amigo em uma chuvosa tarde de férias em Santos, vi toda a criançada na sala assistindo um desenho animado em inglês com legendas em japonês. Tudo isto em maravilhoso branco e preto. Que tristeza. Ninguém conseguia fazer a coisa funcionar.

Em cenários caóticos como este, sempre surgem novas oportunidades de negócio que podem ser rapidamente explorados por quem melhor fizer a leitura do ambiente. O tema da convergência e das dificuldades a ela atreladas foi, por exemplo, observado com muita presteza e criatividade por uma empresa inglesa, chamada Gadget HelpLine.

Super antenada com os problemas trazidos pela babel eletrônica que tomou conta de nossos lares já há alguns anos e que promete avançar ainda mais daqui para a frente, a companhia britânica vislumbrou neles uma boa possibilidade para ganhar dinheiro. Por 4,95 libras mensais, a Gadget Helpline promete uma convivência harmoniosa entre o consumidor e seus televisores, notebooks, impressoras, DVDs, games, gravadores, etc. De segunda à sábado, das 9:00 às 18:00, se ao ligar o computador no quarto, começar a tocar o rádio da sala, é só entrar em contato. Eles vivem de desvendar esses mistérios da tecnologia. 

No Brasil, não conheço nada deste tipo. Quem souber me dê a dica pois há uma semana quando eu ligo meu notebook, a luz da sala se apaga e a campainha da casa começa a tocar.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Cinco Princípios para Novos Serviços Públicos. Terceiro: o Governo como Plataforma

A ideia de Tim O'Reilly ao criar o termo e a abordagem de Governo como Plataforma, foi dar uma perspectiva de valor de patrimônio e de uso aos dados governamentais. Inicia explicando que as plataformas seguem uma lógica de alto investimento, onde praticamente só o Estado é capaz de investir, mas permitem à população, ao utilizarem essa plataforma, gerar riquezas. Temos um claro exemplo ao pensar em uma rodovia como esse investimento. O governo a constrói, mas a entrega aos usuários para trafegarem seus produtos, serviços, passageiros, estimular turismo e economias integradoras etc.. Em outras palavras, uma plataforma rodoviária do governo, mesmo em concessão, será usada pela sociedade, mesmo a custo de pedágios. O mesmo serve para plataformas digitais. O governo americano durante a gestão Reagan, em 1983, tornou disponível ao mundo o Sistema de Posicionamento Global - GPS. A partir do uso mundial dessa plataforma podemos calcular quantos outros produtos e serviços foram gerado

Laboratório é problema, mas a governança ajuda a resolver

É preciso considerar que um laboratório de inovação pode atrair pessoas que desprezam as regras, não tanto por rebeldia, mas como um estilo de vida, um espírito independente que busca ocupar um espaço. O lab será visto como um oásis – ou miragem – no deserto de novas ideias das corporações. Em parte isso é justificado pela aura de criatividade que envolve o novo ambiente ao transmitir uma mensagem de liberdade, com suas técnicas de ideação que estimulam a distância dos valores burocráticos e, claramente, a palavra disruptura que carrega um certo rompimento com padrões. Isso cria alguns problemas iniciais para a organização que começa o funcionamento do laboratório, tais como: se outras organizações participarão do laboratório, alguns ajustes serão necessários; a segurança física/predial pode ser fragilizada com a presença de “gente de fora”; a segurança digital terá que se adequar ao ambiente de acesso irrestrito e wifi; os horários de funcionamento podem sofrer mudan

Cases de Design Thinking em Serviços Públicos fora do Brasil

É comum que me perguntem sobre cases de uso do Design Thinking pelos governos brasileiros, sejam municipais, estaduais ou federais. Há um certo "ver para crer" na pergunta, mas há também a necessidade de mostrar aos outros, incluindo chefes e tomadores de decisão, que existe um caminho mais promissor e realizável para tratar os desafios de hoje. Minha experiência aponta mais para aquilo que fazemos no Governo do Estado de São Paulo, desde 2010, quando adotamos o DT como abordagem metodológica para entender a complexidade e resolver problemas com foco no cidadão. Nesse período vimos crescer a utilização em grandes empreendimentos como Poupatempo, Metrô, Secretarias da Fazenda, de Desenvolvimento Social e da Educação. Alguns outros exemplos e cases nacionais no setor público podem ser encontrados na Tellus , que tem atuado bastante em prefeituras e especialmente nas áreas de saúde e educação. Mas neste post quero apenas apontar para alguns links daqueles que trabalham e