Pular para o conteúdo principal

Postagens

Tecnologia dirigida e foco no usuário

É comum, devido a velocidade e voracidade em novas mídias, serviços e equipamentos, assistirmos a projetos que atiram para todos os lados na tentativa de acerto e pioneirismo, entrando na onda do uptodate e consequentemente perdendo o foco. Um dos guias que recomendo para projetos em governo que envolvam o uso de TIC é o " Rumo ao e-Brasil ", uma coletânea de estudos e cases organizada pelo querido e competente Peter Knight, que terá seu pré-lançamento na próxima edição do CONIP. O livro apresenta fundamentos e conceitos que auxiliam na definição estratégica de serviços públicos, bem como relata experiências e tendências para o setor, escritas por quem faz. É certo, por exemplo, que com o notável crescimento do m-Gov nos círculos de inovação em governo, os pensadores e desenvolvedores em serviços públicos ainda carecem de conceitos e definições que ao menos permitam organizar as demandas. No livro acima indicado há um capítulo específico sobre o m-Gov, que escrevi com o V...

m-Gov: aprendendo o caminho

Encerrou com êxito o m-Gov 2007 realizado pelo CONIP . Em apenas dois dias de evento, trouxe uma programação bastante arrojada, reunindo representantes de governo (federal, estadual e municipal), da academia (FGV, PUC-PR e SENAC-SP) e das empresas privadas (operadoras de serviços móveis e fornecedores), enfim os players do mercado sentaram-se à mesa para o debate. Além da intensa discussão sobre os modelos de negócios e boas práticas implantadas no Brasil, ficou evidente que as iniciativas em mobilidade para serviços públicos eletrônicos é mais do que um modismo ou uma tendência, é um caminho a ser traçado pelos governos inovadores. Como outro dia o Pepe escreveu aqui seu artigo sobre a Irlanda, como pequena amostra da pesquisa que fez por lá, resolvi também buscar o que eles estão pensando em termos de m-Gov. Não me surpreendi que, diante de tantos avanços em serviços eletrônicos, com 60% dos lares possuindo no mínimo um computador, o governo da Irlanda também já esteja se organizand...

Guia explica a corrupção

O Ministério da Justiça de Portugal publicou na semana passada o guia "Prevenir a Corrupção" , que exibe em suas 22 páginas as boas práticas para combater a corrupção em órgãos públicos e que, ao meu ver, é altamente aconselhável também por aqui. Suficiente em exemplos e formas de condutas que abordam a corrupção de funcionários e agentes públicos, de eleitor, de titular de cargo político e do desporto, o guia define de forma didática os crimes de peculato, suborno, abuso de poder e tráfico de influências, entre outros. Desnecessário reforçar a referência, inovar também está em eliminar a corrupção política .

Eleições eletrônicas

Algumas semanas atrás postei aqui a notícia sobre as pioneiras eleições via internet feitas na Estônia. Na estréia da Isabel de Meiroz Dias neste blog, a nossa correspondente em Londres iniciou a discussão sobre e-democracy e governo local, indagando sobre a real participação popular nesse processo. Agora a IFES - International Foundation for Election Systems , uma organização sem fins lucrativos e que há vinte anos trabalha para o desenvolvimento democrático no mundo, apresenta em seu portal o projeto The Electoral Challenges and Standards Project . Trata de um estudo comparativo entre diferentes propostas administrativas presentes em vários países para permitir que os procesos eleitorais possam realizar-se através da internet. Cinco experts foram encarregados de avaliar cada um dos temas ( voto eletrônico, agentes de intervenção nos processos online e uso da rede, permissão de voto daqueles que estão no mesmo território, perfil dos limites e a economia dos grupos políticos ) ...

Revinventando o governo? ou Pra que inovar?

Muitas vezes tive que explicar pra outros e pra mim mesma porque o governo, principalmente no Brasil, precisa mudar suas práticas. Geralmente digo que há uma dupla pressão pra mudança: aumento na demanda por serviços e, simultaneamente, severos limites ao orçamento. No caso brasileiro, a abertura democrática nos anos 80 e as mudanças na constituição de 88 fizeram com que mais serviços fossem exigidos do governo e um nível de qualidade mais alto fosse esperado. Ao mesmo tempo, a Lei de Responsabilidade Fiscal e o controle inflacionário trouxeram austeridade para os gastos públicos. Neste cenário, a inovação seria uma questão de sobrevivência das instituições governamentais. Ultimamente, porém, tenho pensado que a necessidade de reinventar o governo vai muito além, e inclui em última instância pensar que tipo de sociedade desejamos. Adam Curtis faz uma excelente (ainda que polêmica) síntese dos dilemas que temos enfrentado no mundo ocidental. Seu último documentário, “The Trap” (“A A...

Vem aí o m-Gov

Será a 2ª edição do único evento brasileiro dedicado ao tema Mobilidade no Governo. A primeira edição reuniu mais de 10 melhores práticas de serviços públicos entregues por meio de dispositivos móveis. Cerca de 150 diretores e gerentes do setor público e privado participaram da programação. O formato do evento compreende painéis de debates, estimulados por apresentação de cases referenciais que estimulam e refletem sobre as implicações e a adoção da mobilidade nos governos. Será nos dias 23 e 24 de abril, reserve sua agenda e conheç a a programação clicando aqui .

Cidades sem fios

A Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL autorizou nesta semana que os 5.561 municípios brasileiros possam prestar serviços de comunicação e conexão à Internet aos seus munícipes por meio de rede wi-fi. O comunicado da agência divide em duas modalidades de oferta: SCM (Serviço de Comunicação Multimídia) que operará em regime de mercado e prestado por terceiros, o que possibilita haver taxas para conexão; ou em SLP (Serviço Limitado Privado) que será gratuito para os usuários. Para quem já conhece a experiência de Piraí sabe o que isso significa em termos de desenvolvimento humano, principalmente em pequenas cidades. O governo oferecer acesso a Internet estará em breve sendo discutido como a oferta de educação, saúde, saneamento e infraestrutura, como previu Roberto Agune em 2005. Também é fato que não se aplica exclusivamente a pequenos e médios municípios, nem tampouco a países em desenvolvimento. Temos o exemplo da Filadélfia com extraordinário pioneirismo na implantação ...